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DDT e o ambiente

 

Para muitas pessoas o nome deste inseticida é sinónimo de poluição ambiental.  Após a Segunda Guerra Mundial foi extensamente usado para o controlo de várias pestes de insetos. Em alguns casos, as quantidades usadas foram muito maiores que as necessárias.

 

As características que fazem do DDT um bom inseticida fazem dele, também, um poluente ambiental persistente e tóxico (estabilidade química, elevada lipofilia, baixa extensão de degradação). E, por isso, o verdadeiro problema do DDT é a persistência no ambiente e a bioacumulação em certos animais. Este inseticida degrada-se lentamente no solo, expondo alguns animais. Poderão passar ser necessários entre 5 e 25 anos para eliminar 95% do DDT do solo. 

 

Uma parte do DDT é metabolizado e excretado, mas outra parte permanece no organismo. E se a exposição for repetida ou continuada, ocorre acumulação. 

 

 

Os primeiros efeitos tóxicos do DDT no ambiente foram observados ao nível dos processos de reprodução das aves, que levaram a quebras na população destas espécies. Estas observações, publicadas por Rachel Carson no livro Silent Spring, foram determinantes para a decisão de banir o uso do DDT.

declínio do número de aves predadoras no Reino Unido e EUA como, por exemplo falcões, parece ser devido a efeitos nos processos reprodutivos causados pelo DDT. Um dos efeitos do DDT é a alteração na produção de ovos, nomeadamente da casca dos ovos.

 

Outros estudos evidenciaram que o DDT pode ter outros efeitos na vida selvagem, como, por exemplo, causar deformidades nos órgãos reprodutores – disfunção endócrina. Este efeito foi inicialmente noticiado em peixes dos rios dos EUA e Reino Unido. Mas um dos casos mais célebres foi no Lago Apopka na Flórida. Acreditava-se que o declínio da população de jacarés desse lago estava associado à dificuldade nos processos reprodutivos entre os animais devido ao DDT.

 

Peixes e outros seres vivos que habitam rios contaminados com DDT, podem acumulá-lo diretamente pela água circulante ou pelos sedimentos ou, indiretamente, pelos alimentos.

Ecotoxicologia

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Trabalho realizado no âmbito da disciplina de Toxicologia Mecanística no ano lectivo 2013/2014 do Curso de Mestrado Integrado em Ciências Farmacêuticas da Faculdade de Farmácia da Universidade do Porto (FFUP), Portugal.

 

Este trabalho tem a responsabilidade pedagógica e científica do Prof. Doutor Fernando Remião do Laboratório de Toxicologia da FFUP 

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