
O DDT (diclorodifeniltricloroetano) é considerado o primeiro pesticida moderno.
Através da reação entre o tricloroetanol e o clorobenzeno, tendo como catalisador o ácido sulfúrico, consegue fazer-se a síntese do DDT. Esta foi conseguida pela primeira vez em 1874 por Othmar Zeidler. Porém, só mais tarde, em 1939, é que Paul Hermann Müller descobriu o seu potencial como inseticida contra vários artrópodes vetores. Logo a partir de 1942 os militares americanos começaram a testá-lo, tendo ficado conhecido como “the wonder insecticide of World War II”. Então, após a Segunda Guerra Mundial o DDT foi amplamente utilizado para combater a malária e o tifo.
A partir de 1945, o DDT passou a ser comercializado e os agricultores começaram a utilizá-lo extensivamente. Para além de ser bastante barato, parecia ser menos prejudicial que os insecticidas à base de arsénio até então utilizados e apresentava também alta eficiência a curto prazo.
A descoberta da sua toxicidade é atribuída à bióloga Rachel Carson que, no seu livro Silent Spring (1962), descreveu o efeito tóxico do DDT sobre as aves. Foram então realizados testes em que se administravam alimentos contaminados com altas doses de DDT a diferentes espécies de aves. Foram observados resultados contraditórios, sendo que apenas em algumas espécies havia sinais de toxicidade. Outros estudos, também desenvolvidos, conjeturavam sobre um eventual risco de cancro nas gerações futuras. Todos estes fatos, aliados à demonstração de que os resíduos de DDT persistem no organismo humano, levou a que, na década de 70, vários países proibissem o seu uso.
Em 2001, com a Convenção de Estocolmo sobre poluentes orgânicos persistentes, foi proposta uma proibição global. No entanto vários países da África subsariana alegaram que o DDT era ainda necessário por ser barato e eficaz no controlo de vectores.
Por fim, em Setembro de 2006, a OMS declarou o seu apoio ao uso de DDT em países africanos onde a malária continua, ainda hoje, a ser um grave problema de saúde. O apoio foi justificado devido aos benefícios do DDT no combate a malária superarem os riscos sanitários e ambientais.
Comercialmente, pode aparecer com os seguintes nomes: Anofex, Cesarex, Chlorophenothane, Dedelo, p, p-DDT, diclorodifeniltricloroetano, Dinocide, Didimac, Digmar, ENT 1506, Genitox, Guesapon, Guesarol, Gexarex, Gyron, Hildit, Ixodex, Kopsol, Neocid, OMS 16, Micro DDT 75, Pentachlorin, Rukseam, R50 e Zerdane.
História
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